Categoria: Partituras

  • Para Deus, nada é impossível

    Para Deus, nada é impossível

    Esse é meu mais novo single, “Para Deus, nada é impossível”, gravado neste agosto de 2020, num processo onde a composição foi sendo feita simultaneamente com a própria gravação no estúdio, o que lhe deu alterações abruptas de clima, como colagens. A letra, quase falada, também foi pensada desde o inicio para ser editada. A ideia foi dividir as frases em sílabas, e amontoá-las umas sobre as outras. As frases então se revelam gradualmente, à medida que as sílabas soam mais distantes umas das outras. Eis a letra:

    “Para Deus, nada é impossível
    Para Deus, nada não é possível
    Para Deus, nem tudo é possível
    Para Deus, tudo é impossível”

    E eis a música:

    OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:

    A partitura que preparei para o songbook tem algumas particularidades que gostaria de comentar aqui. O posicionamento das notas da parte vocal se deu com o arrastar das gravações das sílabas, e sem preocupação com os tempos da métrica. Assim, o leitor vai encontrar nesta parte da voz uma escrita desse tipo:

    Símbolo de notação musical moderna na música "Para Deus, nada é impossível".

    O garrancho que surge com o amontoado das letras corresponde ao amontoado sonoro também incompreensível da gravação, e o colchete sobre os grupos de notas delimitam o local dentro dos compassos onde as notas foram arrumadas.

    Quanto ao piano, ele foi gravada em um sequenciador, e alguns trechos são inviáveis para mãos humanas. Assim, se alguém quiser tocá-los, não vai conseguir. Esse é um trecho:

    Trecho de partitura para piano impossível de tocar

    O Songbook, com a grade completa e partes cavas para voz, sax barítono, piano, sintetizadores, e contrabaixo, está disponível no site da Amazon.

    Capa do songbook "Para deus, nada é impossível"

    O lyric video no YouTube traz as cifras (onde há harmonia funcional) e letra a correr junto com a música. Se tiver interesse nisso, assista-o aqui:

    A arte da capa é de Luciana Leal.

    Capa do single "Para Deus, nada é impossível", de Fábio Cavalcante, por Luciana Leal.
  • Flor amorosa

    Flor amorosa

    A polca “Flor amorosa” foi composta por Joaquim Callado no seu último ano de vida, 1880, quando faleceu prematuramente, aos 31. O compositor e flautista já era reconhecido como a figura mais importante da cena do Choro que surgia na época. Flor amorosa foi mesmo sua última música, tendo sido publicada em partitura logo após a sua morte, com versos de Catulo da Paixão Cearense. A música se tornou um clássico do choro, e, provavelmente, a sua mais famosa composição. Neste mês de maio, gravei a música de Callado (instrumental, sem a letra de Catulo) numa versão bastante eletrônica. Ouça:

    OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:

    A gravação foi feita a partir deste arranjo a duas vozes abaixo. A voz superior é, obviamente, a melodia original; o baixo é criação minha.

    FlorAmorosa-ManuscritoFabioCavalcante

    A arte da capa é do designer Geraldo Gonçalves.

    Arte da capa do single Flor Amorosa, de Fábio Cavalcante, criada por por Geraldo Gonçalves.

    A primeira gravação de Flor amorosa é de 1902, feita na Casa Edison pelos Irmãos Eymard, na alvorada do registro sonoro no Brasil, visto que a primeira gravação no país havia sido feita no mesmo ano. Ouça aí essa delícia.

  • Gravações antigas de cara nova

    Gravações antigas de cara nova

    Nos últimos seis meses publiquei nos serviços de streaming 13 gravações minhas anteriores a 2013, e que ainda não estavam assim disponíveis – 2 álbuns, 1 EP e 10 singles. A mais antiga é “Retumbão” (um tema instrumental tradicional da Marujada de Bragança, no Pará), e que foi minha primeira gravação no home studio, feita em 2000. A mais recente é a cantiga infantil “Dó, Ré, Mi, Fá”, de junho de 2013.

    Aproveitei essa republicação para remasterizar as antigas gravações, que também ganharam arte gráfica da Luciana Leal – com exceção dos singles “Fui passar na ponte”, “Carnaval do meu nariz e boca”, e “Dó, Ré, Mi, Fá”, cujas capas foram feitas por mim, e são, não por acaso, as mais sem graça. Além disto, preparei songbooks para 4 delas, todos disponíveis na Amazon.

    Para quem quiser conhecer ou reouvir esses meus trabalhos passados, eu os reúno aqui ao lado das novas capas e songbooks. Confira:

    Retumbão

    “Retumbão” foi gravado em fevereiro de 2000, e está disponível nestas e noutras plataformas: SpotifyDezzerApple MusicAmazon. Para saber mais sobre ele, clique aqui.

    Lundu Marajoara

    “Lundu Marajoara” foi gravado em maio de 2000, e está disponível nestas e noutras plataformas: SpotifyDezzerApple MusicAmazon. Para saber mais sobre ele, clique aqui.

    Vem vá, macaco

    Fiz essa gravação usando a mesma base instrumental de uma pretensa faixa do meu primeiro disco (“FGC, Vol. 1”, de 2002) – um pout-pourri instrumental com “Forró do Zé Lanzudo” (de Elias Soares e Manoel Serafim) e “O Quente do Norte” (de Zé Paraíba). Mas, sendo este pout-pourri a única faixa que não era de minha autoria, em 2003 eu substituí a melodia dele pela de “Vem cá, macaco”, recém composta. Bem, nenhuma ficou no álbum – o pout-pourri eu descartei, e “Vem cá, macaco” virou um single – esse um. A capa de Luciana Leal foi feita apenas em 2018, para a publicação nos serviços de streaming.

    Sobre a composição, tenho a dizer sobre o tema que ele é, originalmente, um choro, que compus em 2003, em Ourém/PA, e título é uma referência ao padre Ângelo Moretti, figura muito reverenciada no lugar. Conta-se que o padre chamava os fiéis  com o bordão “Vem cá, macaco!”, e era chamando-os assim que ele pedia (e conseguia) recursos para a construção da atual igreja de Ourém.

    Preparei um songbook de “Vem cá, macaco”, com transcrição do instrumental a duas vozes, e que está disponível na Amazon.

    Essa gravação (a primeira) de “Vem cá, macaco” foi feita em junho de 2003. Um ano depois (2004) regravei “Vem cá, macaco” para a abertura do curta-metragem de animação “A Onda – Festa na Pororoca“, num arranjo bem mais acelerado para flauta doce.

    E mais tarde, em 2009, fiz outra gravação do tema, eletrônico que nem essa primeira, para o EP “FGC Vol. 5“. Ela tá logo aí embaixo.

    “Vem cá, macaco” está disponível nestas e noutras plataformas: SpotifyDezzerApple MusicAmazon

    Fui à Espanha

    “Fui à Espanha” foi gravado em outubro de 2003, e originalmente lançado em novembro do mesmo ano como uma das faixas do álbum “FGC, Vols. 2 & 3”. Para mais informações sobre esse álbum, clique aqui.

    Fui passar na ponte

    “Fui passar na ponte” foi gravado em agosto de 2003, e originalmente lançado em novembro do mesmo ano como uma das faixas do álbum “FGC, Vol. 2”. Para mais informações sobre esse álbum, clique aqui.

    Não chore, não

    “Não chore, não” foi gravado em outubro de 2003, e originalmente lançado em novembro do mesmo ano como uma das faixas do álbum “FGC, Vol. 2”. Para mais informações sobre esse álbum, clique aqui.

    Ó que noite tão bonita! / Pescador da barquinha

    O pout-porri “Ó que noite tão bonita” / Pescador da barquinha” foi gravado em janeiro de 2005, e originalmente lançado em fevereiro do mesmo ano como uma das faixas do álbum “FGC, Vol. 3”. Para mais informações sobre esse álbum, clique aqui.

    Doristi

    O songbook do álbum “Doristi”, com grade completa, partes cavas e letras cifradas, está disponível na Amazon.

    O álbum foi lançado em jungo de 2006, e está disponível nestas e noutras plataformas: Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon. Para saber mais sobre ele, clique aqui.

    Cu cagão

    “Cu cagão” foi gravado em março de 2007, e está disponível nestas e noutras plataformas: SpotifyDezzerApple MusicAmazon. Para saber mais sobre ele, clique aqui.

    FGC, Vol. 5

    O Songbook deste EP, com melodias cifradas, está disponível no site da Amazon.

    O EP foi originalmente lançado em novembro de 2009, e está disponível nestas e noutras plataformas: SpotifyDeezerApple MusicAmazon. Para saber mais sobre ele, clique aqui.

    Carnaval do meu nariz e boca

    O single foi gravado em fevereiro de 2012, e está disponível nestas e noutras plataformas: SpotifyDeezerApple MusicAmazon. Para saber mais sobre ele, clique aqui.

    Catalendas (Trilha Sonora Original)

    O álbum foi originalmente lançado em janeiro de 2013, e está disponível nestas e noutras plataformas: SpotifyDeezerApple MusicAmazon. Para saber mais sobre ele, clique aqui.

    Dó, Ré, Mi, Fá

    O songbook de “Dó, Ré, Mi, Fá” está disponível na Amazon.

    “Dó, Ré, Mi, Fá” foi gravado em junho de 2013, e está disponível nestas e noutras plataformas: SpotifyDezzerApple MusicAmazon. Para saber mais sobre ele, clique aqui.

  • Peixe-boi

    Peixe-boi

    OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:

    Eis uma nova canção que lanço, composta e gravada nesse mês de abril . A base rítmica foi feita com pandeiro, bongô, caxixi e sons da minha boca, alterados com efeitos diversos. Os demais instrumentos são duas flautas doces (soprano e contralto), piano, violão e contrabaixo. A letra é esta:

    “O dia tá ruim
    Dia bom pra fugir
    Se disseres que vai
    Te tomo do teu pai
    Você vai rir de mim
    Ah, eu vou rir de mim
    Rir pra cacete!

    Uma noite no bar
    Duas noite no mar
    Nosso segundo lar
    – 
    Uma volta no mundo
    Do lado de ti
    E cravado bem fundo
    – Pra cacete!

    Vendo o angorá
    Vendo os vinis
    Vendo os Laurimar
    Eu vendo-me
    Tenho que ir

    O dia tá legal
    É hora de fugir
    Ir dormir no quintal
    E cagar no jardim
    Você vai rir de mim
    Ah, eu vou rir de mim
    Rir pra cacete!

    O dia tá legal
    Pra pedir demissão
    Vou caçar peixe-boi
    E voltar pra prisão
    Pra bem junto de ti
    E cravado bem fundo
    – Pra cacete!”

    A arte da capa é de Luciana Leal.

    songbook com letra cifrada e transcrição dos instrumentos ( voz, flauta doce soprano, flauta doce contralto, marimba – clave de sol, piano e contrabaixo.) está no site da Amazon.​

  • Hereges

    Hereges

    OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:

    Compus essa canção (“Hereges”) em setembro de 2017, pensando em incluí-la no que pretendo que seja meu próximo álbum, “FGC Vol. 666”. E, apesar de ter desistido dessa ideia logo depois, a canção ficou com o espírito satânico que depositei no futuro disco. A letra é esta:

    “Acordei bem cedo, fiz a cama e fui – Sempre passo a perna em ti.
    Uma história de ir ali, pra boi dormir.
    Uma oração dadá prum deus gagá.
    Nem juntei dinheiro, acordei bem cedo e fui.

    Nós somos os doidos da primeira vez – Quem põe na cruz os falsos reis.
    E uma cruz no ponto G, na hora H.
    Uma planta no altar – A bomba H.
    Nós somos os doidos, e somos os falsos reis.

    Acordei sem medo, por isso menti – Eu virei poeta assim.
    Assim virei ladrão. Assim, saci.
    Tenho peito pra jogar-te na prisão.
    Acordei sem medo, com peito de Serigy.”

    A gravação (iniciada na mesma época da composição, mas só finalizada em março de 2018) foi feita quase só com instrumentos virtuais, exceto por uma flauta doce soprano, na qual apliquei distorção de guitarra. O moleque Frederico também fez uma participação especial com as palavras enigmáticas (“Abô”, “Táspé”, “Oitô”). A arte da capa é da Luciana Leal, sobre uma foto minha da praia da Atalaia, em Aracaju.

    songbook desta gravação, com transcrição para voz, flauta, violão e contrabaixo; além da letra cifrada, está no site da Amazon.​