Oswald Canibal (clipe)

“Oswald Canibal” é a primeira faixa pronta do projeto “Belém Incidental”, parceria minha com o Henry Burnett, que aqui canta e toca o violão. A gravação contou com a participação preciosa do Marcel Rocha na guitarra. Os arranjos, mixagem e demais instrumentos (todos virtuais) são meus, e a masterização do Renato Torres. A música ganhou um clipe, produzido pela Fóton Filmes, e que foi lançado em setembro, na abertura do 2° Festival de Audiovisual de Belém. Confira aí:

Fábio Cavalcante e Henry Burnett
Eu e Henry – de olho nas gravações.
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Músicas da Copa da Floresta

A Copa da “Floresta Ativa” é uma competição esportiva promovida pelo projeto Saúde & Alegria, e que tá acontecendo desde o início de abril na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, reunindo 72 comunidades de Santarém e Aveiro.

As duas músicas desta postagem foram compostas e gravadas para o evento. A faixa 1 é uma música do compositor Chico Malta, de Alter-do-chão, aqui cantada pela Cristina Caetano; e a faixa 2 foi composta e interpretada pelo Livaldo Sarmento. Os arranjos, instrumentos e gravação foram feitos por mim. Ouça aqui:

Se quiser baixar as músicas, clique aqui (arquivo Zip).

Você pode ver aqui e aqui vídeos sobre as duas primeiras etapas (Anumã e Surucuá) da Copa da Floresta. E pra ficar a par de outras notícias da Copa, acompanhe o blog da Rede Mocoronga.

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Ver-o-peso (Cravo Carbono, ao vivo, 1998)

CravoCarbonoNoFestivalFeiraDoSom
Da esq. para dir.: Fábio, Pio Lobato, Bruno Rabelo e Lázaro.

Uma boa lembrança de 15 anos atrás catada na internet: Em 1998 toquei com a banda Cravo Carbono no Festival Feira do Som, produzido por Edgar Augusto, na casa de shows Olê Olá, em Belém. A música era “Ver-o-peso”, que mais tarde estaria no disco Peixe Vivo (2001). A apresentação contou com os músicos descamisados, e o Lázaro, vocalista da banda, declamando o “Ave Maria” no meio da música, enquanto lançava pedaços de pão para o público. Devido às referências à virgem de Nazaré levamos um bom “Zero” do escritor João Carlos Pereira, que estava no júri. A banda era formada por Lázaro Magalhães (vocal), Pio Lobato (guitarra) Bruno Rabelo (guitarra), Fabio Cavalcante (flauta), Moriel Prado (contrabaixo), e Vovô (bateria). Ouça aqui:


Fontes: A foto no início veio de uma postagem no facebook do Clemente Schwartz, e o áudio estava postado nesta página do blog Som do Norte.

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Mestre Cardoso no XXV Festival da Canção Ouremense

No dia 26 de julho, Mestre Cardoso esteve na final do XXV Festival da Canção Ouremense, com a toada “Não sou norte-americano”, composta originalmente para ser cantada nas brincadeiras do boi Ouro Fino.

Ganhou o primeiro lugar na categoria “Músicas de Ourém”. Ele foi acompanhado por Allan Carvalho (banjo e voz), Elaine Borges e “Ina” (Coro), Fábio Cavalcante (flauta e arranjo), e nas percussões, por André “Mixico”, Bruno, Natalino “Caratinga” e Rafael Barros.

O video foi filmado por Arlindo Matos, que, além de ter incentivado Mestre Cardoso na inscrição, deu o título da música.

Confira a letra desta toada de Mestre Cardoso:

Não Sou Norte-Americano
(Mestre Cardoso)

Minha mãe, mamãe eu vou
Amanhã para o Iraque
Meu filho tenha cuidado
Não vá passear de táxi
Que os jornais de Bagdá
Anunciam os ataques

Minha mãe, quero benção
Me diga adeus, que eu já vou
Meu filho tenha cuidado
Siga com nosso Senhor
Mataram Saddam Hussein
E a guerra continuou

Minha mãe quero benção
Quero ouvir as vozes suas
Meu filho tenha cuidado
Não vacile pelas ruas
Mataram Saddam Hussein
E a guerra continua

Minha mãe, quero benção
Não sei se eu volto este ano
Meu filho tenha cuidado
Pra depois não ter engano
Comparar um brasileiro
Com um soldado americano

Eu cantei essa toada
Aqui para o pessoal
Porque eu tenho memória
E tenho meu ideal
Compositei em toada
Conforme passa o jornal

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Estrela Dalva – Mestre Cardoso e os Bois de Ourém no Círio 2007

A toada Estrela Dalva, de Mestre Cardoso, amo do boi Ouro Fino de Ourém, está no repertório do arrastão que o Arraial do Pavulagem realiza esse sábado de manhã, logo após a chegada da imagem da santa na escadinha do cais do porto. Mestre Cardoso vem à capital junto com outros amos daquele município, e vão mostrar a sua brincadeira na praça dos estivadores, antes da saída do arrastão. E na chegada, na praça do Carmo, Cardoso deve cantar junto com a batalhão a sua toada Estrela Dalva, que foi composta esse ano para o arrastão de Ourém, realizado em maio.

Os bois de Ourém têm vindo regularmente aos arrastões do Pavulgem. Em junho deste ano, participaram Mestre Faustino e Tuíte, e o seus bois Pai-do-Campo e Geringonça; e quanto ao Cardoso, essa é a terceira vez que ele vem.

Esse vídeo é uma montagem com duas gravações: a primeira foi feita na casa do Mestre, em Ourém, dia 14 de junho; e a segunda, durante o ensaio do dia 10 de outubro, no Centur, quando Cardoso veio à Belém para ensaiar com o batalhão. A letra da toada é a seguinte:

Estrela Dalva
(Mestre Cardoso)

Eu vi a Estrela Dalva / Que brilhou na primavera
Ela vive em um jarro / Aonde tem flores belas
E entre todas as estrelas / Não tem uma igual a ela

Eu vi a Estrela Dalva / Que brilhou no oceano
Tava na beira da praia / O vento forte soprando
E entre todas as estrelas / Ela é a maior do ano

Hoje eu fui convidado / Pra fazer essa viagem
Convidei meu batalhão / Pra fazer essa montagem
Homenagem ao Malhadinho / E ao Arraial do Pavulagem

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Pavulagem 2007 – Da Roseira Nasce a Rosa

O Boi Pavulagem completou 20 anos domingo, 10 de junho. Muita onda no aniversário! Arrastão pelas ruas, show com a praça lotada (falam em aproximadamente 10 mil pessoas!), apresentação à noite no Gasômetro, com dezenas de batuqueiros, dançarinos e sopros invadindo o teatro no final, carregando até um bolo com vela de 20 anos!!

Tenho gravado os arrastões do Pavulagem (peixe-boi, quadra junina e círio) há vários anos, primeiro devido à importância que dou ao brinquedo, que pelo tamanho que tomou, pela organização, pelas toadas lindas; é único na cidade; e depois porque gosto pra caralho daquela farra. Caminhar ao lado do batalhão sentindo o baque dos tambores; ver as cores – dos chapéus, do couro dos bois, das bandeiras, fitas; enfim, pra mim essa é uma das vantagens que Belém ainda tem (e que as tem cada vez menos!).

Este ano tive a oportunidade de estar mais perto da brincadeira, graças a um convite do Ronaldo Silva pra comandar, junto com o Allan PC, os ensaios de canto do batalhão. Um mês de ensaio (maio), e agora um mês de arrastões pela frente. Aproveitei e fiz registros de vários momentos, que vou postando aos poucos aqui no blog.

Este vídeo mostra o batalhão ao som da música “Da Roseira Nasce a Rosa”, de Mestre Cardoso, amo do Boi Ouro Fino, da cidade de Ourém (PA), e que entrou no repertório do arrastão esse ano. A letra diz:

“Da roseira nasce a rosa / Do amor nasce a amizade
Quem se ama não esquece / Quem se lembra tem saudade

Da roseira nasce a rosa / E dela nasce o perfume
Mas o amor é feliz / Quando ele não tem ciúme

O amor é uma semente / Ele vem do coração
Aonde tem o ciúme / Só dá muita confusão”

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