O grupo Quaderna, formado por Allan Carvalho (violão e voz) e Cincinato Jr (voz), fizeram uma apresentação nessa sexta – 10 de agosto, no estacionamento da TV Cultura do Pará, comemorando com os funcionários da Funtelpa a passagem do Dia dos Pais. Eles foram acompanhados pelos músicos:
Edgar Júnior – percussão Fábio Cavalcante – flauta Nazareno Silva – percussão Rafael Barros – percussão Rubens Stanislaw – contrabaixo
Algumas dessas músicas são parte do disco “Quaderna”, lançado em 2006, quando o grupo ainda tinha Camilo Delduque na sua formação, e é resultado de um projeto apresentado ao IAP.
Aqui estão imagens e sons de alguns grupos musicais do interior paraense que vieram à Belém tocar na Casa das 11 Janelas, durante a 1ª Conferência Estadual de Cultura, nos dias 6, 7 e 8 de julho. Um palco foi montado no cais, e as apresentações começavam 21 horas. Pena que foram noites bastante chuvosas, e o público não tinha onde se proteger. Veja fotos dos índios Wai-wai, da Família Castro, da Marujada de Quatipuru e do Boi Estrela D’alva.
Ouça aqui o som dos grupos:
Sobre as faixas acima:
Faixa 1 – Licença (Boi Estrela Dalva, de São Sebastião da Boa Vista) Faixa 2 – Dona Bela(Família Castro, de Almerim) Faixa 3 – Manjerona miudinha (Família Castro) Faixa 4 – O meu anel caiu na praça (Família Castro) Faixa 5 – Xô peru! (Marujada de Quatipuru) Faixa 6 – Cajueiro (Os Quentes da Madrugada, de Santarém Novo) Faixa 7 – Cacadores (Índios Wai-wai, de Oriximiná)
Para baixar todas as faixas em um único arquivo zip, clique aqui.
Criado em 2000 por mim e Valério Fiel da Costa para apresentar nosso trabalho com eletroacústica, improvisação e indeterminação, o Artesanato Furioso chegou na sua quinta edição. Às 24:00h na Pauta Maldita do Teatro Waldemar Henrique (de novo eu lá, já que a abertura da “Pauta”, duas semanas antes, foi com o Doristi), nos apresentamos por duas noites. No dia 28 de fevereiro, com a peça Satori, do Valério, pra seis intérpretes, e com duas horas de duração. Assista aí a filmagem de Satori, e leia a partitura aqui.
Nesta apresentação tocaram os músicos Alan Fonseca (sopros), Allan Carvalho (cordas), Cláudio Costa (percussões), Fábio Cavalcante (sons gravados), Renato Torres (voz) e Valério Fiel (sintetizador).
O porão estava escuro e havia uma luminária e um microfone para cada intérprete, com exceção do Valério que, ao invés de um microfone, tinha um sintetizador ao lado. Para seguir a própria partitura, cada um usava um cronômetro – isso garantia também a independência do tempo de cada execução em relação às demais. E isso era importante: cada intérprete devia se manter indiferente aos outros, sem, por exemplo, tentar se “encaixar” em pulsos alheios. Ao mesmo tempo, certos sincronismos já estabelecidos pela partitura se tornavam inevitáveis com o uso do cronômetro – silêncios recorrentes a cada meia hora por exemplo, e os ataques simultâneos da voz (Renato Torres) e do sopro (Alan Fonseca), na primeira hora da peça (o primeiro módulo dos dois era: “1 hora tocando a mesma figura a cada 1 minuto”).
Na primeira metade da apresentação ficamos só os músicos e técnicos no porão, e o áudio do que tocávamos era enviado lá pra cima do teatro, onde o público nos ouvia nas caixas de som.
O próprio Valério me falou sobre essa idéia – “Pensei em pôr caixas porrada lá em cima no teatro, e tocar embaixo. Depois de 1 hora de música aparentemente fixa em suporte, alguém conduziria as pessoas para o porão (…). O coração do satori pulsando no subsolo se torna aparente. Lá embaixo, apenas (…) luminárias, uma formação compacta de microfones e (…) caixas meio distantes. As pessoas sobreviventes da primeira parte se acomodariam no chão sentadas em almofadas. Lá em cima as caixas continuam à toda.”
A filmagem, feita por Tânia Neiva (que também nos ajudou na maquiagem), não está completa – a bateria da câmera acabou com pouco mais de uma hora de gravação. Mas pelo menos conseguimos fazer o primeiro registro em vídeo do Artesanato Furioso. Das 4 edições anteriores só tenho fotos – e nenhum áudio! Para os que assistirem, notem na parte 6 a entrada do público, já uma hora depois. Segundo informações da coordenação do teatro, 70 pessoas foram ao evento àquela noite, mas, à uma da manhã, quando o porão foi aberto, aproximadamente 20 “sobreviviam”.
No segundo dia, fizemos um concerto com 6 peças:
CC (Fábio Cavalcante) – peça eletroacústica com sons de defecação e improvisação com velcro, balões e panos. `Posteriormente intitulei essa música de Cu Cagão. Os improvisos ficaram a cargo do Valério (Velcro), Renato Torres (Balões) e Allan Carvalho (Panos);
MISSA (Valério Fiel da Costa) – peça para voz falada, sons gravados, metais percutidos e sintetizador;
POLUIÇÃO SONORA (Fábio Cavalcante) – para sons gravados e improvisação com balões (por Allan), copos e isopor (por Valério);
LIMIAR (Valério Fiel da Costa) – para regente, tambor de onça e 8 rói-róis;
OFERENDA À OLORUM (Alan Fonseca) – sons gravados; e
A CELA (Valério Fiel da Costa) – partida de xadrez amplificada e sons gravados.
A cenografia ficou por conta de Aldo Paz, e a iluminação, de Eddie Pereira. E as participações especiais foram de Alan Fonseca, Allan Carvalho, Cláudio Costa, Renato Torres, Sttefane Trindade, Tânia Melo; e dos enxadristas Carlos Alfredo e Ubiratan dos Santos Lopes.