Olha que história bacana eu soube hoje! Quase 60 anos depois de ir embora da casa dos pais sem despedir-se, Mestre Cardoso entra em contato novamente com seus familiares, e o contato surgiu depois que ele foi reconhecido pela Solange, neta de sua irmã, num post aqui do blog.
Segundo o meu amigo Arlindo Matos, de Ourém, “ela [a Solange] me disse que a avó falou de um problema que o Cardoso teve no ouvido quando criança. Ela identificou essa alteração na orelha dele através de fotos do teu blog (…) Essas senhas foram lhe dando a certeza que era ele mesmo”.

Quando ainda morava em Ourém, algumas vezes eu pedi pro Mestre me contar sua história, e principalmente, sobre a viagem que ele fez do Piauí pra cá (Clique aqui para ouvir um depoimento dele sobre isso). Ele falava também dos vários irmãos e da falta de informações sobre eles – sabia apenas que tinha familiares em Brasília, e quase nada mais. Pois no sábado passado, através do telefone do Arlindo, o Cardoso falou com sua irmã Joana e outros familiares que moram na Capital Federal.
Fiquei sabendo um pouco mais da história da família do Cardoso: Dos dez irmãos, seis já faleceram, sendo o Cardoso (com 76 anos) o único homem ainda vivo. Duas irmãs (Joana, de 96 anos; e Neide, 94) moram em Brasília; e outra irmã, Alice, a mais nova, na Argentina. E dando continuidade à brincadeira do boi na família, o Pedrinho, filho da Solange, tem lá em Brasília o seu boi também!

Há exatos 3 anos (em 9 de novembro de 2006), o Cardoso cantou pra mim uma música chamada “Eu recebi notícia de um irmão meu de Brasília”. Ele disse em uma entrevista no programa Sala de Reboco (que eu apresentava na Rádio Tembés de Ourém), que a música tratava duma carta que ele havia recebido de um irmão.
Eu recebi notícia de um irmão meu de Brasília
Eu recebi notícia / dum irmão meu de Brasília
Há muito tempo / viajo com sua família
Ele mandou uma carta / não mandou fotografia
Pra relembrar o passado / do tempo que nós se via
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