Introdução para Curimbó (Chico Malta)

Solo de introdução pra música “Curimbó”, do compositor santareno Chico Malta, que faz parte do disco do “Movimento de Roda de Curimbó”, que tô gravando com músicos de Alter-do-chão. O saxofonista é o Sérgio, e essa melodia foi proposta pelo próprio Chico Malta.

Verequete Chama!

Na última sexta (6 de junho), no Teatro do Centur, aconteceu o show “Verequete Chama”, em benefício de Mestre Verequete, que estava internado há vários dias devido a uma pneumonia. A noite contou com a participação dos artistas Paulinho Mururé, Eduardo Dias e Alcyr Guimarães, dos grupos Mandinga da Amazônia, Sabor Marajoara, Sancari e Uirapuru; além da bateria da escola de samba Embaixada da Pedreira, que em 2003 venceu concurso da Prefeitura de Belém, tocando na avenida um samba criado em homenagem ao compositor.

Confira abaixo os momentos do show que ficaram por conta do carimbó pau e corda dos grupos Sancari (nas três primeiras faixas) e Uirapuru (faixas 4, 5 e 6)  – este último formado em 1971, e que foi o grupo que acompanhou Verequete ao longo de sua carreira. O encerramento é ao som da bateria da escola da Pedreira.

Para baixar todas as músicas, clique aqui (arquivo zip).
O Show foi organizado por Allan Carvalho, Zezé Costa e Lucélia Costa.

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Mestre Cardoso – Galo de Campina (2005)

Mestre Cardoso com chapéu de boi-bumbá

O Galo de Campina, do Mestre Cardoso, foi produzido, arranjado e gravado por mim em outubro de 2005, na cidade de Ourém, onde eu morava na época. Ele mostra o talento e a versatilidade do amo do Boi “Ouro Fino”, que aos 71 anos, mandava quente nos xotes, marchas, carimbós, sambas e toadas do seu primeiro disco. Lançado em Ourém (29/10/2005) e em Belém (04/11/2005), dele foram feitas 80 cópias, totalmente caseiras, com capas e encartes de papel reciclado, e cd’s gravados no computador.

Capa do álbum Galo de Campina, feito de papel reciclado

Escrevi essa breve biografia do Cardoso para o encarte.

“José Ribamar Cardoso nasceu na ParnaíbaPiauí, em 4 de janeiro de 1933, filho de João Cândido Cardoso e Maria Francisca Cardoso. Aos dez anos começou a brincar em bois tradicionais da região, entre eles os de Martiliano, Chico Camilo, Antônio Leal e José Calebre. Com o parceiro e amigo de escola Geraldo Magela do Carmo, montou aos 14 anos o Boi Dominante. O ano era 1947.
Com 20 anos vai para Coroatá, no Maranhão, onde conhece sua esposa Raimunda Lima da Silva. Com ela teve 14 filhos, dos quais seis sobreviveram. Em 1954, com 21 anos, muda-se para Carutapera. Logo depois chega no Pará, morando em ViseuBragança e Capitão Poço, até vir para Ourém em 1993, onde está até hoje. E até hoje, como faz há quase seis décadas, Cardoso coloca o boi para brincar todos os anos.
Trabalhou como agricultor e vaqueiro nas diversas regiões onde morou. Atualmente é amo do boi Ouro Fino. Das faixas deste CD, ‘Eu mandei fazer uma rosa’, ‘O Ataque de Nova York’, ‘A prisão de Saddam Hussein’, ‘Mandei fazer uma trincheira ontem ‘ e ‘Adeus morena’, são toadas cantadas pelos integrantes do seu brinquedo.”

Os músicos que participaram das gravações são: Aristides Borges (cavaquinho); João “Cego” da Silva Matos (sanfona e coro); Raimundo “Tuíca” da Silva Matos (barrica, pandeiro e coro); Fábio Cavalcante (flauta e coro); Lila Bemerguy (coro) e Mestre Cardoso (maracá, pandeiro, onça e voz).

Você pode ouvir as músicas do disco Galo de Campina a partir dos links abaixo. Para baixar o disco completo, clique aqui (arquivo zip).

Mais informações sobre o álbum estão aqui.

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Doristi na Pauta Maldita

Eis os vídeos da apresentação do Doristi no Teatro Waldemar Henrique, no dia 15 de fevereiro de 2007, às 24 horas. Essa apresentação foi a abertura da projeto “Pauta Maldita”, que pretendia acontecer quinzenalmente, à meia-noite, mas que morreu na segunda edição, onde também participei, com o Artesanato Furioso. Infelizmente a gravação de áudio ficou péssima – o plug do gravador foi colocado no buraco errado da mesa (AARghh!). A gravação ficou baixinha e com chiado, e, irritado, pensei até em não postar nada do show. Passada a irritação, tô aqui postando tudo.

No repertório estão as músicas Alga Vive, San Ozama, Toada, Kaura-um, Retumbão, Lundu, Abacaba, Augé, Urubu, Ongom ongom, Very cat e Zaparip. Todas são do disco Doristi, exceto Urubu, parceria minha com o Allan Carvalho, e uma homenagem ao Waldemar Henrique, que no dia da apresentação faria 102 anos de idade. Jogando com a ideia de inversão da teoria doristi, eu Allan compusemos este “inversão” do sentido da letra de Uirapuru, que ficou assim:

Urubu
(Fábio Cavalcante e Allan Carvalho)

Nunca mais de triparia / Eu subi a tamandaré
O almofadinha afundava / E ficava caladinho
Iá iá, e ficava caladinho
Iá iá, caladinho almofadinha

Respeitava a realidade / e pariu olha o pombão
Despintou com humildade / que soltou o urubu
Hum hum, que soltou o urubu
Hum hum, caladinho almofadinha

Me mentiu sobre o Kojak / pai-do-fogo e o mineral
Calou do sei lá quem é / que chora com o sol a pino
Ui ui, que chora com o sol a pino
Ui ui, caladinho almofadinha

Bem na noite que eu me for / o santinho vai amar
Ele vai deixar relax / all these dirty motherfucker
Iá iá, all these dirty motherfucker
Iá iá, caladinho almofadinha

Foi feito um pedido ao público que, caso gostassem, nos vaiassem e não aplaudissem. Eles gostaram.
No meio da gravação toco na flauta a melodia do Uirapuru.

E Very cat também é uma homenagem – ao Verequete.

Contei com as participações especiais dos músicos Allan Carvalho (banjo e voz), Edgar Jr (percussão), Rafael Barros (percussão) e Renato Torres (violão, guitarra e voz), e dos dançarinos Aninha, Lorena, Maurício e Max. A filmagem foi feita pelo Josemar.

Doristi surgiu em 2005, de uma bolsa do IAP (Instituto de Artes do Pará). Dele fiz um disco, um songbook e um livro de teoria.

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Tanguru-Pará (1997) – Cores e Bandeirinhas

Grupo Tanguru-Pará tocando no maristas, em Belém
Fábio Cavalcante, Allan Carvalho e Márcio Macêdo

O Grupo Tanguru-Pará surgiu em 86, no bairro do Canudos (na Cipriano Santos, próximo à Segunda de Queluz), com o nome de “Nosso Carimbó”, pela iniciativa de “Seu Ailton”. Formado por dançarinos, com o tempo Seu Ailton sentiu a necessidade de montar um corpo musical para acompanhá-los. Na primeira formação estavam, entre outros, os músicos Emílio e Edson Abreu (Edinho). No ano de 96, fomos convidados pra entrar no grupo eu (flauta), Allan Carvalho (banjo, violão e voz), Márcio Macedo (violão e voz) e Edgar Junior (percussão). Vários percussionistas passavam pelo Tanguru, entre eles Nazareno, Baby e Ginga. Nesse período o grupo era coordenado pela Ana Lúcia, filha do Seu Ailton, e o coreógrafo era o Laércio.

Com essa formação (que durou um pouco mais de um ano) foram feitas dezenas de apresentações. As gravações aqui apresentadas são do show “Cores e Bandeirinhas” – título de uma música do Allan -, no projeto Uma Quarta de Música, do Centur, em junho de 1997.

Para baixar o show completo, clique aqui (arquivo zip).

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