Fiz um arranjo pra flauta contralto e baixo pra bossa Desafinado, o clássico de Tom Jobim e Newton Mendonça, e aí preparei com ele esse pequeno vídeo.
E o arranjo é esse abaixo (toque junto! 🙂 )
Desafinado-Flauta_e_baixoFiz um arranjo pra flauta contralto e baixo pra bossa Desafinado, o clássico de Tom Jobim e Newton Mendonça, e aí preparei com ele esse pequeno vídeo.
E o arranjo é esse abaixo (toque junto! 🙂 )
Desafinado-Flauta_e_baixo“Adeus, morena” é um carimbó de Mestre Lucindo, que venho tocando há mais de 20 anos, principalmente na flauta. Fiz agora uma nova gravação e um clipe com ele, usando a flauta doce contralto e um controlador midi. Assista aqui:
O arranjo dessa gravação é, na verdade, todo baseado em um rondó de “Adeus, morena” que preparei quando morava em Ourém – PA, pra tocar na flauta junto com amigos num conjunto de pau e corda. A gravação abaixo é de uma dessas tocadas. Nela estamos eu, na flauta doce, Aristides Borges, no banjo, Alcimar Brasil, violão, Natalino Caratinga, percussão, e André Mixico, também na percussão. A gravação é caseiríssima, e feita no quintal de casa, em 2004.
Então, pra essa gravação e filmagem de agora, o que fiz foi adicionar uma segunda voz no baixo pra minha antiga melodia. Eis aqui o arranjo.
AdeusMorena_MestreLucindo-Piano_2_Vozes_e_cifrasE um detalhe pra encerrar: em 2009 usei a melodia da terceira parte desse arranjo (essa que, na partitura aí de cima, começa na terceira página) na trilha sonora de “O Rapto do Peixe-boi“, como música de abertura. A música foi gravada com um conjunto de flauta doce, e tá aqui pra ser ouvida.
OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:
Eis uma nova canção que lanço, composta e gravada nesse mês de abril . A base rítmica foi feita com pandeiro, bongô, caxixi e sons da minha boca, alterados com efeitos diversos. Os demais instrumentos são duas flautas doces (soprano e contralto), piano, violão e contrabaixo. A letra é esta:
“O dia tá ruim
Dia bom pra fugir
Se disseres que vai
Te tomo do teu pai
Você vai rir de mim
Ah, eu vou rir de mim
Rir pra cacete!
Uma noite no bar
Duas noite no mar
Nosso segundo lar
– Uma volta no mundo
Do lado de ti
E cravado bem fundo
– Pra cacete!
Vendo o angorá
Vendo os vinis
Vendo os Laurimar
Eu vendo-me
Tenho que ir
O dia tá legal
É hora de fugir
Ir dormir no quintal
E cagar no jardim
Você vai rir de mim
Ah, eu vou rir de mim
Rir pra cacete!
O dia tá legal
Pra pedir demissão
Vou caçar peixe-boi
E voltar pra prisão
Pra bem junto de ti
E cravado bem fundo
– Pra cacete!”
A arte da capa é de Luciana Leal.
O songbook com letra cifrada e transcrição dos instrumentos ( voz, flauta doce soprano, flauta doce contralto, marimba – clave de sol, piano e contrabaixo.) está no site da Amazon.
OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:
Este é um lundu tradicionalíssimo tocado e dançado na Ilha do Marajó, no Pará. É uma música também bastante conhecida em outras áreas do Estado do Pará, muito devido aos grupos parafolclóricos que o carregam como um clássico no repertório. Produzi essa gravação em fevereiro e março de 2018, e nela toquei duas flautas doces (soprano – a que toca a melodia original – e contralto), violão, e uma variedade de instrumentos virtuais. A arte da capa arrasadora é, mais uma vez, da Luciana Leal.
O songbook com a transcrição do arranjo desta gravação(para flauta doce soprano, flauta doce contralto, guitarra e contrabaixo) está no site da Amazon.
Trabalhei o Lundu Marajoara incontáveis vezes, e guardo o registro de quatro delas. O primeiro é de quando fui membro do Tanguru-pará, em 96 e 97. Tocávamo-lo em todas as apresentações, tanto como tema principal quanto como melodia incidental. Na gravação a seguir, feita ao vivo no projeto “Uma Quarta de Música”, do Centur, em junho de 1997, ela surge como tema incidental no arranjo para duas flautas de “Mastro Bastião”, de Ronaldo Silva. O voz é de Allan Carvalho.
E eis o mesmo arranjo, tocado em junho de 98 numa apresentação do Trio Guapo (formado por mim, Allan Carvalho e Márcio Macêdo – todos também membros do Tanguru-pará), no Teatro Experimental Waldemar Henrique.
Em 2000 gravei esse lundu com um arranjo exageradamente eletrônico feito no Fruity Loops. Esta gravação foi posteriormente reunida com outras da mesma época no álbum FGC Vol. 0, e é esta aqui:
E em 2010 regravei o Lundu, de novo apenas com sons eletrônicos, e usando o Reaktor. Já deu pra notar que eu amo esse tema, né? A gravação e um vídeo onde toco essa versão de 2010 numa participação no programa 7 Set Independente, da TV Cultura do Pará, estão abaixo.
OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:
Compus a melodia deste canção em 2010, para encaixar numa letra de Tom Zé (“Pavana para uma terra viva”), e com ela me inscrever num concurso que o Estadão fez chamado “Prêmio Musique“. Não tendo ganho nada no concurso, mas não querendo deixá-la no limbo, criei, em janeiro de 2017, uma letra nova pra encaixar nessa melodia antiga. É esta “Elegia doméstica”, que descreve duas cenas de violência doméstica – uma de tortura e vingança de um cão, e outra de tortura e vingança de uma mulher. A gravação foi feita no mesmo janeiro, com flauta doce soprano, violão, copo e diversos instrumentos virtuais. O desenho e a arte da capa é de Luciana Leal.
A gravação que enviei para o prêmio Musique é a que está no vídeo abaixo.
O Songbook com letra cifrada e transcrição dos instrumentos usados (voz, flauta doce soprano, synth pad e contrabaixo) está no site da Amazon.
Compus “Retumbão” em 2006, baseado num tema instrumental tocado na Marujada de Bragança, no Pará. Ele foi originalmente gravado naquele mesmo ano, no meu disco Doristi, ao som de flauta, violão, banjo e percussões. A gravação lançada agora foi feita em dezembro de 2017 e é, por sua vez, essencialmente eletrônica, feita com um controlador Maschine MK1, e duas flautas doces (contralto e soprano). A arte da capa é da Luciana Leal.
OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:
As bases deste arranjo foram criados para o show Lanoi Cid Art, que fiz em agosto de 2017, no Sesc de Aracaju, e registrado nesse vídeo.
Outra tocada do “Retumbão” está no vídeo a seguir, de fevereiro de 2007, no Teatro Waldemar Henrique, em Belém, quando apresentei as músicas do disco Doristi, acompanhado de Renato Torres (violão), Allan Carvalho (banjo), Edgar Júnior (percussão) e Rafael Barros (percussão), e dos dançarinos Ana Moraes, Lorena, Maurício e Max. E aí toquei a flauta doce soprano (na sequência, a primeira gravação).
O Songbook (para flauta doce soprano, flauta doce contralto, piano – clave de fá, e contrabaixo) está no site da Amazon.
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“ABC na doida” foi composta e gravada em junho e julho de 2017, e foi feita especialmente para o repertório do show “Lanoi Cid Art“, que fiz em 10 de agosto, na abertura do projeto Aldeia Sesc de Artes, no Sesc de Aracaju. Para essa gravação usei instrumentos virtuais e uma flauta doce contralto. A arte da capa é de Luciana Leal.
A letra, uma versão satírica do bê-a-bá, é esta a seguir.
A partitura com o arranjo desta gravação (baixo, flauta, vocal e cifras) está disponível no site da Amazon.
A tocada de “ABC na doida” no projeto Aldeia Sesc de Artes, que citei acima, está registrada no vídeo a seguir; e o show completo pode ser visto neste link.
Esta é uma interpretação minha da Mazurca tradicionalmente tocada na Marujada de Bragança/PA. É um arranjo para duas flautas, baixo e piano, acompanhados por uma base rítmica eletroacústica. Gravei em novembro de 2017 com duas flautas doces (soprano e contralto) e instrumentos virtuais. A arte da capa é de Luciana Leal.
OUÇA NA SUA PLATAFORMA PREFERIDA:
O songbook desta gravação está disponível no site da Amazon.
A mazurca é uma dentre várias músicas tocadas e dançadas na Marujada, a festa em homenagem a São Benedito que acontece todo dezembro, desde 1798 – ano em que foi fundada, por negros escravos, a Irmandade do Glorioso São Benedito de Bragança. Um pouco do som dessa festa pode ser ouvido nessas duas postagens aqui do Blog FGC: Comissão das Colônias do Glorioso São Benedito de Bragança e Músicas da Marujada de Bragança – 2007.
A primeira tem registros da passagem de uma comissão de “esmoleiros” pela cidade de Ourém/PA, em 2004 e 2006; e a segunda, gravações de retumbão, xote e chorado, tocados na festa de 2007.
Trabalhei com essa mesma mazurca, ainda neste ano de 2017, num arranjo bem mais eletrônico. Foi para este vídeo gravado no Vila Aju (na época se chamava Aju Hostel), em junho passado, pouco tempo depois de ter chegado, para morar, em Aracaju.
Tanto a arranjo o vídeo acima quanto desta nova gravação apresentada no início da postagem foram baseados neste arranjo para piano.
Ainda mexendo com esse tema (que eu adoro, deu pra sacar, né? 😉 ) fiz esse vídeo tocando-o num arranjo a duas vozes, bem simples (simplório mesmo!), feito mais para experimentar uns timbres novos. A partitura tá logo a seguir.
Pra finalizar, vou deixar aqui transcrito o que o livro “Tocando a Memória: Rabeca“(de Maria José Pinto da Costa de Moraes, editado pelo Instituto de Artes do Pará em 2006), fala sobre essa mazurca da Marujada de Bragança, no capítulo “A Marujada e o Culto a São Benedito: Música e Dança” (páginas 63 e 64).
A Mazurca é a quarta dança do ritual da Marujada e a primeira das danças de origem europeia. De tradição polonesa, pode ter a forma de dança ou canto. Notabilizou-se tanto entre compositores eruditos, como Chopin, quanto entre populares, como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gozaga.
Segundo Julio Bas (1947), possui forma binário de movimento moderado, em compasso ternário simples, apresentando o ritmo básico, no qual se observa o segundo tempo apoiado.
A Mazurca bragantina tem como característica regionalista o ritmo do tambor.
Seu andamento é o Allegro, com semínima a 160, na tonalidade de Ré Menor. A coreografia, inicialmente, tem os pares enfileirados formando um círculo, para onde se dirigem os marujos que se posicionam, movimentando-se em sentido horário. Com o desenrolar da música, as marujas giram em frente aos parceiros, mudando de posição para o braço esquerdo e retornando ao braço direito sucessivamente.
Este é o Programa Cena Musical – Especial com o Mestre Cardoso, de Ourém, exibido na TV Cultura do Pará em 23 de maio de 2009. Acompanhando o Mestre, estamos eu (na flauta), o Allan Carvalho (no banjo), e o Batalhão da Estrela, regido pelo Rafael Barros. Apresentação de Isidoro Calixto.
Curta logo abaixo o programa completo, dividido em seis partes.
Este caderno de arranjos musicais foi criado junto com meus alunos da disciplina “Arranjo e Improvisação”, da turma de 2007 (5° semestre) do curso de Licenciatura em Música da UEPA, em Santarém, entre 13 a 24 de abril de 2009.
FGC_CadernoDeArranjosDaUepa_Santarem2009Junto com o caderno fiz as gravações dos arranjos, interpretados pelos mesmos alunos da turma de 2007 (com exceção da flauta doce, tocada por mim). São eles: Bruno Vieira (guitarra), José Brindeiro (trompete), José Janderson (violão), Kleberto Corrêa (piano), Luís Acácio (flauta transversal) e Lucenildo Soares “Corona” (percussão). Essas gravações foram feitas em 25 de abril de 2009, no laboratório de música da UEPA/Santarém.
Para baixar as músicas, clique aqui (arquivo zip).
Repetindo a parada do ano passado, os áudios e partituras a seguir são de arranjos feitos pelos alunos da turma de 2008 (5º semestre) do curso de música da UEPA (pólo Santarém), durante as aulas de “arranjo e improvisação”, ministradas por mim neste 2010. Aproveitando temas musicais gravados no projeto de mapeamento e registro que estou fazendo com o Coletivo Puraqué, vários arranjos foram criados sobre melodias do repertório do grupo Nossas Lembranças (saiba mais sobre ele neste post). Curta aí o novo caderno.
FGC_CadernoDeArranjosDaUepa_Santarem2010As gravações dos arranjos, interpretados pelos próprios alunos, tão aqui.
A ficha técnica é a seguinte:
Pra baixar as músicas deste segundo caderno, clique aqui (arquivo zip).