Aqui está meu quinto disco, um “falso 78 rpm” com as músicas Retumbão (um tema tradicional da Marujada de Bragança/PA) e “Vem cá, macaco”, gravadas nesses meses de outubro e novembro. O projeto gráfico é da Luciana Leal.
O Retumbão bragantino, a faixa 1, contém samples da voz do Mauri e do maracá de lata de Mestre Cardoso. É um tema que tenho tocado com constância desde quando era flautista do grupo parafolclórico Tanguru-Pará. A gravação abaixo, por exemplo, é de uma apresentação do grupo em 1997, no Teatro Margarida Schivasappa.
Além disso, gravei esse tema nos álbuns FGC Vol. 0, de 2000, e Doristi, de 2006. Neste último, com a melodia invertida. Ouça só:
“Vem cá, macaco”, a faixa 2, foi composta e gravada originalmente em 2007, pra abertura do curta de animação “A Onda”, dirigido por Cássio Tavernard.
Por fim, a quem interessar, o songbook de FGC, Vol. 5, com as melodias cifradas, está disponível no site da Amazon.
FGC, Vol. 5: Songbook (2009, Belém, Pará). Com melodias cifradas das faixas duas instrumentais.
O show Preto no Branco, do cantor Luís Girard, aconteceu em maio de 1998 no Teatro Experimental Waldemar Henrique. Participaram os músicos: Arthur Alves (cello), Allan Carvalho (banjo), Cláudio Costa (percussões), Fábio Cavalcante (flauta transversal), Márcio Jardim (percussões), Príamo Brandão (contrabaixo) e Renato Torres (guitarra). Além de tocar flauta, o Girard me convidou pra assinar os arranjos e a direção musical do espetáculo. Também estavam presentes na produção: Plínio Palha (figurinos e maquiagem), Melba Lois (iluminação), Ronalda Simone (interpretando uma feiticeira) e Luís Carlos França (direção geral).
Ouça logo abaixo algumas músicas do repertório. E para baixar todo o show em um único arquivo, clique aqui (arquivo zip).
Assim como na postagem anterior, apresento aqui um novo disco feito com material antigo selecionado. Esta é uma seleção de trilhas sonoras que produzi pra teatro e vídeo.
Seguem algumas informações: A linda melodia do mantra (faixa 3) é do cantor Rafael Nolleto. A letra é do Ronald Bergman, o diretor do espetáculo e grande amigo falecido em junho passado. Minha participação aqui está no arranjo das vozes e gravação. A música “É a pororoca” (faixa 5) é do compositor ouremense Rivaldo Lopes. A original chama-se “É o Papa-tudo”, e é uma homenagem a uma aparelhagem local. A adaptação da letra é minha, que foi cantada por Iraçu Silva, também da cidade de Ourém. A Valsa (faixa 9) que está aqui como um instrumental, serve de base para uma canção interpretada ao vivo pelo ator Paulo Ricardo. A melodia é da valsa da Ciranda do norte, do folclore amazonense.
Baixe o disco Trilhas sonoras FGC, completo, clicando aqui (arquivo zip).
E mais algumas informações: 01 – Construção. Da peça “Duas tábuas e uma paixão” (2001). Escola de Teatro e Dança da UFPA. Direção: Wlad Lima. 02 – Dança do Enteu. Da peça “Ad infinitum” (1999). Companhia Atores Contemporâneos. Direção: Miguel Santa Brígida. 03 – Mantra. Da peça “Negra memória” (2008). Direção: Ronald Bergman. 04 – Abertura. Do curta de animação “A Onda” (2005). Direção: Cássio Tavernard. 05 – É a Pororoca. Do curta de animação “A Onda” (2005). Direção: Cássio Tavernard. 06 – Lua. Da peça “Ora noite, ora dia” (2002). Inbust – Teatro com bonecos. Direção: Adriana Cruz. 07 – Papel. Da peça “Paixão barata e Madalenas” (2001). Escola de Teatro e Dança da UFPA. Direção: Wlad Lima e Karine Jansen. 08 – Choque. Da peça “Paixão barata e Madalenas” (2001). Escola de Teatro e Dança da UFPA. Direção: Wlad Lima e Karine Jansen. 09 – Valsa. Da peça “A Peleja da Princesa Mariana e seu Pássaro Garça Dourada contra a terrível Rainha Valéria de Marambaia e a Feiticeira do Mal” (2002). Inbust – Teatro com bonecos. Direção: Adriana Cruz. 10 – Quem manda ser traíra? Do curta de animação “O Rapto do Peixe-boi” (2009). Direção: Cássio Tavernard e Rodrigo Aben-Athar.
Aqui estão 8 músicas gravadas por mim nos anos de 1999 e 2000. Elas não foram feitas pra compor um álbum, mas como são peças avulsas produzidas antes do disco FGC Vol. 1, resolvi reuní-las agora sob o título FGC Vol. 0.
A capa do disco é da Luciana Leal. O instrumental é quase todo eletrônico, criado com um sequenciador dr5 da Boss e soundfonts (o mesmo instrumental usado no FGC Vol. 1). O Allan Carvalho participa cantando a ainda inédita “Guarânia”, do Ronaldo Silva. O título Guarânia foi dado por mim e pelo Allan, já que o Ronaldo nunca definiu o nome dela. Caso isso venha a acontecer, eu troco mais tarde.
A partitura de “3,1415926535897932384626433832795” (faixa 6) pode ser baixada aqui. Ouça as músicas no player abaixo.
A ficha técnica é a seguinte:
01. Lundu dos caboclos (Waldemar Henrique / João de Jesus Paes Loreiro) – 2:44 Instrumentos eletrônicos, violão e voz: Fábio Cavalcante. 02. Retumbão (DP – Domínio Público) – 2:49 Instrumentos eletrônicos e violão: Fábio Cavalcante. 03. Os 8 batutas (Pixinguinha / Benedito Lacerda) – 5:01 Instrumentos eletrônicos: Fábio Cavalcante. 04. A última papa do bebê (Fábio Cavalcante) – 5:02 Instrumentos eletrônicos: Fábio Cavalcante. 05. Lundu (DP – Domínio Público) – 2:40 Instrumentos eletrônicos: Fábio Cavalcante. 06. 3,1415926535897932384626433832795 (Fábio Cavalcante) – 1:42 Instrumentos eletrônicos: Fábio Cavalcante. 07. Rodopiado (Ronaldo Silva) – 3:15 Instrumentos eletrônicos e voz: Fábio Cavalcante. 08. Guarânia (Ronaldo Silva) – 3:04 Violões: Fábio Cavalcante. Voz: Allan Carvalho.
Este caderno de arranjos musicais foi criado junto com meus alunos da disciplina “Arranjo e Improvisação”, da turma de 2007 (5° semestre) do curso de Licenciatura em Música da UEPA, em Santarém, entre 13 a 24 de abril de 2009.
Junto com o caderno fiz as gravações dos arranjos, interpretados pelos mesmos alunos da turma de 2007 (com exceção da flauta doce, tocada por mim). São eles: Bruno Vieira (guitarra), José Brindeiro (trompete), José Janderson (violão), Kleberto Corrêa (piano), Luís Acácio (flauta transversal) e Lucenildo Soares “Corona” (percussão). Essas gravações foram feitas em 25 de abril de 2009, no laboratório de música da UEPA/Santarém.
Repetindo a parada do ano passado, os áudios e partituras a seguir são de arranjos feitos pelos alunos da turma de 2008 (5º semestre) do curso de música da UEPA (pólo Santarém), durante as aulas de “arranjo e improvisação”, ministradas por mim neste 2010. Aproveitando temas musicais gravados no projeto de mapeamento e registro que estou fazendo com o Coletivo Puraqué, vários arranjos foram criados sobre melodias do repertório do grupo Nossas Lembranças (saiba mais sobre ele neste post). Curta aí o novo caderno.
As gravações dos arranjos, interpretados pelos próprios alunos, tão aqui.
A ficha técnica é a seguinte:
Dança da mata (Beto Paixão – Arranjo de Leogiery Lira e Miriany Japson). Com Leogiery Lira Pereira (clarinete), Miriany Japson (violão) e Luís Acácio (pandeiro).
Eu faço brega (Raimundo Pimentel – Arranjo de Ediene Mota, Jedel Salgado, Luís Acácio e Ronnyere Rodrigues). Com Jedel Gomes Salgado (trompete), Ediene Mota Pinto (voz), Ronnyere da Silva Rodrigues: (flauta doce contralto) e Luís Acácio (pandeiro).
Mambo (Domínio Público – Arranjo de Diego Torres, Leogiery Lira, Miriany Japson e Wenderson Oliveira). Com Leogiery Lira Pereira (flauta doce), Miriany Japson (violão) e Luís Acácio (pandeiro).
Zé Marmita (Domínio Público – Arranjo de Daniele Patrícia, Ena Carina, Priscila Thaís e Renata Souza). Com Ena Carina dos Santos Oliveira (flauta doce), e Priscila Thaís de Sousa Moreira (violão).
As gravações da Cinderela aqui postadas foram criadas para servir de ambientação sonora da exposição “Fresta”, da fotógrafa Lila Bemerguy, que aconteceu em dezembro de 2008 na galeria da FotoAtiva. A exposição foi resultado de um trabalho com as prostitutas da zona do Comércio de Belém, e recebeu apoio da Bolsa de Pesquisa e Experimentação do Instituto de Artes do Pará (IAP). As imagens da instalação foram produzidas pela Lila, pelas prostitutas e por pessoas ligadas ao GEMPAC (Grupos de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará), que ao longo do ano passado participaram de oficina de fotografia ministrada pela bolsista.
Cinderela é o nome “de guerra” de Eunice Silva, prostituta da zona do Comércio de Belém, que já se apresentou por diversas vezes como cantora nos lugares onde trabalhou – bares, boates e teatro. O repertório da Cinderela é formado principalmente por boleros clássicos, e foi a “música ambiente” da vernissage de “Frestas”.
Essas são algumas músicas gravadas pela Cinderela. Os arranjos e execuções instrumentais são todos meus.
Para baixar todas as cinco músicas abaixo em um único arquivo, clique aqui (arquivo zip).
Aqui está o show que a Orquestra Sinfônica do Teatro da Paz fez em homenagem ao Mestre Cardoso, nos dias 23 e 24 de outubro de 2008. A idéia original foi do maestro Mateus Araujo, regente da OSTP, que conheceu o trabalho do Cardoso através do disco Galo de Campina, produzido por mim em 2005. Inspirado nas músicas do amo de boi de Ourém, Mateus Araujo compôs a “Suíte Brasileira”, cujo último movimento tem como tema a melodia da toada “A Prisão de Saddam Hussein”. Vale lembrar que essa toada, por sua vez, é baseada na melodia da música “Vem Morena“, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. O próprio Cardoso reconhece a apropriação, e ele chama esse processo de “cobrir a música”. A peça “Conto ao redor do fogo – de como Cardoso veio à pé de Parnaíba e de como Ele conseguiu encontrá-lo” é do compositor Valério Fiel da Costa, e foi inspirada na história do percurso feito à pé por Cardoso da sua terra natal até o Estado do Pará, atravessando os sertões e as matas ainda virgens da Amazônia. A peça utiliza sons gravados na parte final, que foram projetados do palco e do teto do teatro. Também na parte final, as luzes do teatro são apagadas lentamente, e os sons acontecem na escuridão. “Mestre Cardoso Direto” é um pout-pourri de toadas do Cardoso, feito por mim especialmente para esta noite. A show ainda contou com a participação do próprio Mestre Cardoso, que veio com alguns integrantes do seu boi Ouro Fino e músicos de Ourém: Tarugo, Ina, Caratinga e Guru. Eles cantaram músicas do brinquedo, e se despediram com a toada “Adeus, morena”, acompanhados pela OSTP, com arranjo de Mateus Araujo.
Ouça e curta as músicas do show. E para baixar o show completo em um único arquivo, clique aqui (arquivo zip).
Logo abaixo está a partitura da minha peça e as instruções da do Valério.
As imagens a seguir foram tiradas por Arlindo Matos, Diretor da Rádio Tembés de Ourém, e que nos deu grande apoio pra realização do espetáculo.
Confira o programa do evento, com o repertório, os nomes dos integrantes da orquestra, e uma breve biografia da OSTP, do regente e do Cardoso. O desenho da capa foi feito por Luciana Leal.
Liderado pelo compositor, cantor e banjoísta Felix Faccon (ex-Curuperé), o Curimbó de bolso se apresentou no dia 6 de setembro na loja Ná Figueredo, dentro do projeto Ensaio Aberto. O show foi uma prévia do segundo disco do grupo, já gravado pela “Ná Records”, e atualmente em fase de mixagem. Para esse projeto, fui convidado a fazer os arranjos dos instrumentos solistas, e toquei flauta doce.
Participaram desta apresentação os músicos Allan Carvalho (coro e violão), Fábio Cavalcante (arranjos e flauta doce), Félix Faccon (voz e banjo), João Paulo (percussão), Maria (coro), Milene Alves (coro), e Rodrigo (percussão).
Ouça a seguir as músicas do show. Para baixar o show completo em um único arquivo, clique aqui (arquivo zip).
Aqui estão as toadas que Mestre Cardoso preparou este ano para as brincadeiras do seu boi Ouro Fino, de Ourém (PA). Nessas gravações, Cardoso cantou e tocou o tambor. Em algumas faixas, eu gravei a minha voz para o coro, e usei samples de instrumentos de percussão retirados do disco “Galo de campina” (2005).
Gravei essas músicas no mês de Julho, no período em que estive com Cardoso para defender com ele a música “Não sou Norte-americano” no XXV FMO (veja o vídeo da apresentação no post anterior). A última faixa é, por sinal, o áudio dessa apresentação.
Ouça e curta o som do Mestre. E se quiser baixar todas as faixas em um único arquivo zipado, clique aqui.
Na última sexta (6 de junho), no Teatro do Centur, aconteceu o show “Verequete Chama”, em benefício de Mestre Verequete, que estava internado há vários dias devido a uma pneumonia. A noite contou com a participação dos artistas Paulinho Mururé, Eduardo Dias e Alcyr Guimarães, dos grupos Mandinga da Amazônia, Sabor Marajoara, Sancari e Uirapuru; além da bateria da escola de samba Embaixada da Pedreira, que em 2003 venceu concurso da Prefeitura de Belém, tocando na avenida um samba criado em homenagem ao compositor.
Confira abaixo os momentos do show que ficaram por conta do carimbó pau e corda dos grupos Sancari (nas três primeiras faixas) e Uirapuru (faixas 4, 5 e 6) – este último formado em 1971, e que foi o grupo que acompanhou Verequete ao longo de sua carreira. O encerramento é ao som da bateria da escola da Pedreira.